A sociedade está a serviço dos aparelhos ou os aparelhos estão a serviço da sociedade? É justamente sobre esta questão, que Vilém Flusser nos convida a refletir no capítulo 9 “A necessidade de uma filosofia da fotografia” de seu livro “Filosofia da Caixa Preta”, sobre como o pensamento coletivo se tornou programado tecnicamente a partir da invenção da máquina fotográfica. A discussão assim, gira em torno de aspectos fundamentais para uma conscientização em relação à liberdade no uso das tecnologias e suas potencialidades de alcance, como forma de subversão ao que é preestabelecido pela máquina ou por uma ideologia. O autor faz uma crítica severa aos conteúdos vazios que vem sendo produzidos e compara o homem a um robô, dizendo que as suas percepções, sentimentos e desejos estão sofrendo uma metamorfose, que pode acarretar em uma dependência alienante, significando por esta perspectiva, uma escravização à nossa mente.
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