quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Online para o mundo cultural
A indústria cultural vem sofrendo um grande impasse devido ao crescimento e popularização da chamada Cultura do Remix. Se por um lado a internet trouxe a possibilidade de uma disseminação sem limites de um determinado produto pelo artista, proporcionando assim, um diferente alcance do mesmo sob os potenciais consumidores de suas idéias, por outro, tal liberdade reflete em um não controle sobre a legalidade do consumo de tais produtos disponibilizados online.
A forma como compartilhamos informações nos dias de hoje mudou drasticamente as relações de consumo existentes até o final do século XX. O surgimento de ferramentas como o Napster, Youtube, Google, MP3, entre outras, fez com que nascesse um comércio ilegal de compra, venda e troca de produtos, tendo a internet como palco para tal feito.
Muitas bandas vem se adequando a nova cultura de compartilhamento, disponibilizando suas músicas em seus próprios sites, deixando que os seus fãs decidam quanto querem pagar por suas músicas, sendo desta forma, mais uma forma de contribuição, do que uma compra real. Uma ação inovadora foi o caso da banda “The Teenagers” que aproveitaram o grande crescimento do Twitter, como um meio simples e eficaz para venderem uma música inédita, bastando apenas retuitar para o Twitter da banda, e o download era liberado. Importante também é observar a porta que está aberta para as pessoas que não possuem a oportunidade de divulgar o seu trabalho através de grandes gravadoras. Kevin Figueiredo é um ótimo exemplo, o jovem americano ficou famoso a partir de seus vídeos no youtube onde ele faz remixes de cantores famosos tocando bateria: http://www.youtube.com/watch?v=Rr4nmAY2w-w&feature=related.
O poder sobre os meios está descentralizado, cada um pode agora, abrir o seu próprio caminho no mundo da arte e ser independente no seu projeto, bastando apenas possuir uma conexão com a rede. Simples não?
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
O homem moderno em forma de boneco ventríloquo
A sociedade está a serviço dos aparelhos ou os aparelhos estão a serviço da sociedade? É justamente sobre esta questão, que Vilém Flusser nos convida a refletir no capítulo 9 “A necessidade de uma filosofia da fotografia” de seu livro “Filosofia da Caixa Preta”, sobre como o pensamento coletivo se tornou programado tecnicamente a partir da invenção da máquina fotográfica. A discussão assim, gira em torno de aspectos fundamentais para uma conscientização em relação à liberdade no uso das tecnologias e suas potencialidades de alcance, como forma de subversão ao que é preestabelecido pela máquina ou por uma ideologia. O autor faz uma crítica severa aos conteúdos vazios que vem sendo produzidos e compara o homem a um robô, dizendo que as suas percepções, sentimentos e desejos estão sofrendo uma metamorfose, que pode acarretar em uma dependência alienante, significando por esta perspectiva, uma escravização à nossa mente.
Introdução ao tema.
Caros leitores,
Este blog tem por objetivo analisar e explorar a Comunicação em suas mais variadas formas, mais especificamente quando se clica tanto em um botão ON (seja do seu celular, computador, televisão, rádio ou ipad) quanto em um botão OFF (absorvendo assim, informações através de ferramentas diferentes, como as intervenções urbanas, revistas e jornais, livros e outros meios alternativos de comunicação, não necessariamente tendo sempre que recorrer à tecnologia). "Ligar-se" e "desligar-se" tornou-se um hábito frequente e natural ao homem moderno. Inseridos em uma sociedade "prática", temos o poder ao alcançe de um clique. ON&OFF, a escolha é sua!
Este blog tem por objetivo analisar e explorar a Comunicação em suas mais variadas formas, mais especificamente quando se clica tanto em um botão ON (seja do seu celular, computador, televisão, rádio ou ipad) quanto em um botão OFF (absorvendo assim, informações através de ferramentas diferentes, como as intervenções urbanas, revistas e jornais, livros e outros meios alternativos de comunicação, não necessariamente tendo sempre que recorrer à tecnologia). "Ligar-se" e "desligar-se" tornou-se um hábito frequente e natural ao homem moderno. Inseridos em uma sociedade "prática", temos o poder ao alcançe de um clique. ON&OFF, a escolha é sua!
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